Amarga Sinfonia de Auschwitz

Amarga Sinfonia de Auschwitz




(Playing for Time)




Este filme, com Vanessa Redgrave no papel principal, baseia-se nas memórias de Fania Fénelon, nos campos de concentração nazistas.

Soprano, a judia Fania Fénelon teve sua vida poupada por sua voz. Durante dois anos em Auschwitz ela cantou para oficiais nazistas e presos que caminhavam para as câmaras de gás.


Diretor(es): Daniel Mann, Joseph Sargent
Roteirista(s): Fania Fénelon, Arthur Miller (1)
Elenco: Vanessa Redgrave (2), Jane Alexander (1), Maud Adams, Christine Baranski, Robin Bartlett, Marisa Berenson, Verna Bloom, Donna Haley, Lenore Harris, Mady Kaplan, Will Lee (2), Anna Levine, Viveca Lindfors, Melanie Mayron, Marcell Rosenblatt

Fania chegou a Auschwitz em 23 de janeiro de 1944.
Logo reconhecida pela violoncelista da orquestra, foi resgatada do terror do bloco de quarentena, um barracão imundo, abarrotado de gente.
"Quando uma guarda entrou chamando por Madame Butterfly, não acreditei.
Será que aquilo estava mesmo acontecendo, ou os poucos momentos naquele horror já haviam tirado minha sanidade?", conta em sua biografia Playing for Time ("Tocando por um tempo", inédito no Brasil). Escrito em parceria com a jornalista Marcelle Routier, o livro, apesar de narr
ar as atrocidades do Holocausto, é um relato de coragem e fé.


O Exército Vermelho chegou a Auschwitz em 27 de janeiro de 1945. Restavam pouco mais de 7 mil prisioneiros no campo. Fania, suas colegas de orquestra e a maioria dos presos já estavam em Bergen-Belsen.

O campo alemão não tinha infra-estrutura alguma e apenas um crematório. Os barracões de madeira, a fiação adaptada para prover energia ao alojamento, tudo foi sendo construído com a chegada dos novos ocupantes.


Estava claro que se tratava de uma situação emergencial. Esporadicamente a SS cortava a água e a comida. Não havia câmaras de gás e os assassinatos eram com injeção de veneno no coração das vítimas. A maior parte, no entanto, morria de tifo, desnutrição ou frio.

A música não tinha lugar. Sem Mandel, a orquestra deixou de existir. Das 80 meninas do grupo, restavam vivas 47. "Em Bergen-Belsen, pela primeira vez, tive medo de não resistir", assume a cantora. Sujeita às brutais condições de prisioneira comum, Fania havia contraído tifo e pesava, seis meses depois de chegar ao novo campo, apenas 29 quilos.

"Seremos todas mortas às 3 da tarde", foi o que ouviu ao acordar em 15 de abril de 1945, na enfermaria. Às 11 da manhã, as portas do barracão foram abertas. Um soldado britânico entrou no galpão.

"Achamos vocês por sorte. Não sabíamos que havia um campo de concentração aqui." Era o fim.

Fontes:Aventuras na História, IMDb
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